Podemos dizer que é um retorno às origens. Uma recuperação de antigos saberes e receitas utilizadas pelas nossas avós e que se perderam no tempo, forçadas à obscuridade e desacreditadas por uma pressão social cada vez mais influenciada pela industria farmaceutica e pela publicidade.
Quantas de nós não teve na familia uma avó ou uma tia que passava no rosto azeite e tinha uma pele lindissima? Ou ouviu de um parente mais antigo daquele farmaceutico lá da terra que fazia uma manteiga de amendoas doces que fazia milagres nas mãos secas e gretadas pelas lides diarias? E aquele oleo de maravilhas que fazia jus ao nome e era realmente uma maravilha para a pele?
Os exemplos são inumeros, de utilizações e mezinhas que se faziam com azeite e outros oleos vegetais, juntando plantas aromaticas e medicinais ou mesmo utilizados simples.
Actualmente a parafernália de produtos para a higiene diaria e cuidados da pele é enorme. È só ir a uma qualquer superficie comercial e encontram-se um sem numero de opções para todos os gostos e necessidades.
Então porquê? Porque nos havemos de incomodar em fazer estes azeites e estas pomadas, se podemos ir ao hiper ou à farmacia e adquirir uma loção de limpeza ou um creme ou pomada "à medida" de cada um?
Podemos encontrar bastantes razões, ou nenhuma se não quisermos! Mas pudemos resumi-las às seguintes:
-utilização de aditivos
-custos monetarios
-tolerancia e habituação a substancias medicamentosas
Mas vamos por partes:
Aditivos:
Todos sabemos da existencia na composição de qualquer creme, loção ou champô de aditivos com nomes estranhos e dificeis de pronunciar, (e de escrever) pelo que vou resistir á tentação de enumerá-los. Sabemos também das polémicas acerca da possibilidade de muito dessas substancias serem potencialmente cancerigenas. Bom, mas podemos argumentar que existe legislação que estabelece niveis seguros e toleráveis na utilização dessas substancias. Sim, é verdade. Mas a questão aqui é: Qual é o limite, qual a tolerancia que cada pessoa em particular, sabendo que as reações cada individuo podem ser bastante diferentes do outro? E como reagirá um bébe ou uma criança? E quantos produtos de higiene utiliza um bebe diariamente? Que quantidade da segura DDR de uma determinada substancia, consegue um bebe receber e tolerar sem que se torne uma sobrecarga no seu pequeno e imaturo organismo?
Custos:
Preciso falar muito sobre esta questão? Temos em mente o preço dos produtos de compra , certo? Então, sabendo que, por exemplo 500 ml de azeite (normal de cozinha) custará cerca de 1 a 2 euros e 100g de alfazema seca à volta de 2 euros...fará quanto? Cerca de 5 euros por 500 ml de uma loção de limpeza que dispensa outros cremes hidratantes. E sem aditivos ou outras substancias duvidosas...
Substancias medicamentosas
Muitos produtos industrializados contém substancias medicamentosas. O seu uso diario ou frequente sem que exista realmente doença ou condição a tratar, pode alterar a reação e resposta posterior do organismo em caso de real necessidade da substancia. Ou seja, a continua e utilização dessa substancia (medicamento), cria uma "habituação", tanto do nosso organismo , como dos microorganismos responsaveis pela enfermidade. Como resultado, o que poderia ser resolvido e tratado com um medicamento mais fraco e menos agressivo ao nosso corpo, pode deixar de fazer o efeito desejado e será necessario recorrer a medicamentos muito mais agressivos, que trarão outros efeitos secundarios . Cria-se assim um circulo ascendente, dificil de parar.
Assim, se pudermos evitar a exposição dos nossos bebes e crianças a produtos potencialmente danosos e ou a produtos que só são realmente necessarios em circunstancias especificas e ainda cortar nas despesas....porque não fazê-lo?
in Suntriam Alquimias (Florbela Graça)
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